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terça-feira, janeiro 15, 2002
 
Depois de muuuuuuuuuito tempo me lembrei de que era um freqüentador assíduo do IVOX . Se você não sabe do que se trata, vai dar uma olhada que é show. É um site de opiniões, você clica, se cadastra e solta o verbo no que quiser: livors, cds, filmes, bancos, eletrodomésticos e tudo mais... eletrodomésticos foi boa... : D

Pois é, lá meu nick é Petruchio, pois
< < < na época eu tava fazendo A Megera Domada com minha ex compania de teatro daqui de Santos, a Agradagregos e Troianos... a hp tá mais véia que Dercy, mas tem coisas legais. Nosso grupo era um dos melhores amadores de Santos, vivíamos ganhando prêmio e tal.
> > > back to the present,
resolvi publicar uma opinião minha aqui dos tempos de ivox, e não poderia escolher outro filme senão 'Annie Hall', ou 'Noivo Neurótico, Noiva Nervosa', de meu guru Woody Allen:

Woody Allen melhor do que nunca

Até a Academia admitiu. Poucos diretores são capazes de se utilizar da comédia como um poderoso instrumento de crítica social. Citando apenas alguns pouquíssimos nomes como Charles Chaplin, Billy Wilder e Federico Fellini, cada qual com sua devida importância e proposta de trabalho trouxeram ao cinema um humor ao mesmo tempo hilariante e reflexivo. Nesta seleta categoria encaixa-se perfeitamente o novaiorquino Woody Allen. Ao longo de sua carreira, Allen desenvlolveu um tipo muito peculiar de filmes, em sua maioria abordando questões filosóficas como o medo da morte ou a razão da existência humana. Através de fatos cotidianos desenvolvem-se tais questionamentos, nos quais o diretor insere personagens inquietos consigo mesmos, sempre à procura de uma resposta que parece nunca vir. É este o universo alleniano, hoje já consagrado no meio cinematográfico, onde se desenvolve a ação de Annie Hall, ou 'Noivo Neurótico, Noiva Nervosa'. O filme é narrado por Alvy Singer, vivido pelo próprio diretor, que domina a ágil cena do filme, com diálogos rápidos e precisos e citações impagáveis à realidade da época. Por ser narrado, o filme não apresenta uma seqüência cronológica exata de fatos, mas sim uma colagem de acontecimentos que traçam o panorama do romance do narrador e Annie Hall, maravilhosamente interpretada por Diane Keaton. Aí desfilam fatos da infância, momentos de intensa paixão e decepções, ex-relacionamentos, família, religião, tudo isso pra ilustrar a inquietante história dos personagens principais. É simplesmente lamentável que este título não esteja disponível em vídeo. É um filme obrigatório para aqueles que amam o cinema e uma boa porta de entrada àqueles que têm curiosidade de conhecer mais de perto a obra desse que é certamente um dos maiores diretores da arte cinematográfica.