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domingo, março 31, 2002
 
ASSASSINATO EM GOSFORD PARK (Gosford Park)



O tal assassinato é um mero detalhe neste último trabalho de Robert Altman que vai fundo na relação aristocracia x aristocracia e criadagem x criadagem dentro de uma grande propriedade rural inglesa durante uma festa. É incrível a semelhança e a distância entre o chamado 'andar de cima', reservado aos ricos e o 'andar de baixo' da casa, reservado aos criados, amas, valetes e afins. A atuação coletiva é, no melhor estilo do diretor, simplesmente perfeita. Helen Mirren está impecável e Maggie Smith deliciosamente irônica. A trilha é de um bom gosto singular e o roteiro é digno de seu prêmio da Academia.

Se você estiver pensando em entretenimento puro e simples fuja de Gosford Park. Assistir este filme é o mesmo que ler um romance realista, pois ao passo que emociona mantém firme sua crítica mordaz, seu humor velado e sua riqueza de detalhes.





 
Hoje fiz um bate-volta pra Santos, pois precisava pegar uns livros, vídeos e cd's que ficaram por lá... Uma das piores sensações é querer usar algo que você tem e não poder por estes se encontrarem em outro município... Um exemplo disso era Sing, Sing, Sing! de Benny Goodman, que eu tava seco pra ouvir!

e por falar em jazz...



Na volta ouvi o cd de CHICAGO the musical, cats londrino inteiro. Aliás a história desse musical remete-nos ao áureo final da década de 90...

Sempre gostei muito de musicais, Broadway essa coisa toda e mesmo que para mim um bom musical se resumisse a Andrew Lloyd Webber eu me considerava um profundo conhecedor desse universo... 1998, lá estávamos eu e Gláucia em NY. Eu queria assistir O Fantasma da Ópera, sonho de consumo de 10 em 10 brasileiros de classe média que vão pra fora e Gláucia queria conferir de perto a tão falada performer alemã, muitas vezes comparada a Marlene Dietrich, Ute Lemper, na época no elenco nova-iorquino. Gláucia tinha descoberto Ute Lemper naquela revista Classic CD, que trazia uma imensa reportagem a respeito de CHICAGO e seu novo cd, ALL THAT JAZZ, além de um cd brinde contendo entre outras coisas uma gravação sua de Don't Tell Mama, do musical CABARET.

O trato estava feito, Gláucia veria O Fantasma da Ópera sorrindo e eu veria CHICAGO contente...

Resumo da ópera, melhor, do musical: O 'Fantasma' é uma bomba e CHICAGO é um estouro!

Enquanto o primeiro sugeriu 'oh que voz linda', 'oh que cenário deslumbrante! (leia-se cafona)' e 'olha! não é que o candelabro despenca mesmo?' e exclamações técnicas e visuais CHICAGO abre com um cara que se dirige educadamente ao canto esquerdo do palco e dispara cinicamente:

Ladies and gentlemen. You are about to see a story of murder, greed, corruption, violence, exploitation, adultery and treachery. All those things we hold near and dear in our hearts. Thank you.
[Senhoras e senhores. Vocês verão em seguida uma história de assassinato, ganância, corrupção, violência, exploração, adultério e trairagem. Tudo aquilo que guardamos com carinho dentro de nossos corações. Obrigado.]

Nisso as cortinas se abrem e podemos ver a orquestra no fundo do palco como parte do cenário. Eis que uma surdina puxa um jazz dos anos 20 que torna impossível qualquer apatia por parte da platéia.

Cenário, figurinos, atores, bailarinos, tudo muito clean e muito estiloso... Os anos 20 ficam evidentes na música mas a produção em si conserva uma contemporaneidade ímpar.

Bom, não falo mais nada. Se você tiver oportunidade de ver esse musical um dia, não o perca de jeito nenhum. Correm rumores de que ele será montado em breve em terras brasileiras e você pode ter certeza de que se eu não estiver no palco estarei na estréia na primeira fila esperando ver tudo aquilo que eu vi um dia e fez com que eu visse o quão xarope é Andrew Lloyd Webber à medida que descobria Ebb e Kander, Cole Porter, Ira e George Gershwin and all that jazz...



Interessou? Procure os seguintes arquivos mp3: CHICAGO 'Overture' e CHICAGO 'All That Jazz - Ute Lemper'. Você pode encontrá-los no Audiogalaxy. Link para o site oficial da tournée inglesa aqui./a>


sábado, março 30, 2002
 
E no WINAMP Lola Beltran derrama-se em Soy Infeliz, tema de Carmen Maura em Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos!

Nunca viu????? Pois veja!

Dá-lhe Almodóvar!


sexta-feira, março 29, 2002
 
Tenho certeza absoluta que a Jade (minha gata preta do zóio marelo) tá fazendo ceninha por causa da música que a gente tá ouvindo: Crazy World, de Vítor ou Vitória... Ela tá lá no sofá deitada me olhando com carinha de choro, triste porque eu olho pro monitor e não pra ela...

Vai ganhar um beijão AGORA!

Pronto, tá mais feliz, tô cantando pra ela!

Crazy World, full of crazy contradictions like child
First you drive me wild and then you win my heart with your wicked art...


dormiu...



 
O tempo passa e a gente deixa algumas pessoas pra trás por vários motivos e achamos que nunca mais conheceremos gente boa por aí.
Então o destino se encarrega de nos pôr frente a pessoas que valem a pena. Pessoas que infelizmente um dia deixaremos pra trás de certa forma mas se agarram pra sempre em nossa memória.

Lembro-me da minha grande amiga Gláucia, parceira de Woody Allen, bons restaurantes e incontáveis risadas. Hoje tô em Sampa e nos falamos pouco, mas mesmo assim temos aquela sensação de que nos falamos pela última vez no dia anterior.

Aproveito para saudar novos amigos de Sampa como a macaquicha Alessandra e o pessoal da British, o intragável Thomás e sua inseparável Carminha, a conhecida de Santos e hoje amiga Flávia Durante a grande dama do teatro Sílvia Brasil, a tudo de bom Daniela Farhat e o pessoal do Nilton Travesso incluindo o próprio, os profes e a mágica Aydée.

Se você faz parte desse novo time lembre-se de que o tempo passa, pessoas vêm, algumas entram com tudo mesmo, deixam suas marcas e infelizmente um dia partem...

Quando isso acontecer tenha certeza de que eu estarei sempre em algum canto, com ou sem canto, me lembrando de tudo, rindo do que um dia se passou e aguardando que o destino nos una novamente de algum inusitado como a própria vida.

E como diriam Velma Kelly e Roxie Hart em Chicago:
"In fifty years or so it's gonna change you know
But, oh it's heaven, nowadays."


: )



 
LUTO ABSOLUTO

Morreu ontem um dos maiores cineastas de toda a história: Billy Wilder.
Fica Quanto Mais Quente Melhor, considerada a mais perfeita comédia de todos os tempos e O Pecado Mora Ao Lado, isso mesmo, aquele que contém aquela cena antológica do vestido da Marilyn Monroe levantando no ventinho do metrô...
Se você curte cinema e não conhece Billy Wilder aluga alguma coisa. Se quiser rir muito aluga Cupido Não Tem Bandeira , o filme que fez eu me apaixonar pela Dança do Sabre. A Montanha dos Sete Abutres, Crepúsculo dos Deuses, Se Meu Apartamento Falasse, Farrapo Humano...
Se liga que as TV's a cabo com certeza vão reprisar seus filmes. Aproveite e veja ou reveja a obra de um dos grandes mestres e gênios da sétima arte.

LUTO ABSOLUTO


quarta-feira, março 27, 2002

terça-feira, março 26, 2002
 
Ou eu sou muito brega ou O Clonemaravilhoso!!!
Das duas uma!

O que foi a reação da Giovanna Antonnelli quando ela deu de cara com o Léo? Que que foi aquilo?!?!?!
Aspirantes a atriz, aquilo é o maior exemplo de fé cênica jamais visto na teledramaturgia brasileña!


domingo, março 24, 2002

 
Mesmo do décimo-primeiro andar é possível ver a chuva varrendo o asfalto da cidade grande e toda a água que corre enxurrada abaixo incomodando os ocasionais pedestres com seus frágeis guarda-chuvas. Sinais de trânsito falam sozinhos e os edifícios e prédios de apartamentos parecem não guardar tantos segredos, tal é inércia de suas lâmpadas e janelas. Três flashes nada cadenciados ao longe atestam-se parte de uma cidade grande que apesar da aparente calmaria pode explodir a qualquer momento.
Dentro tudo continua seco como sempre foi. A cama desarrumada, algumas roupas para guardar e outras para lavar. Uma toalha ainda molhada denuncia um banho qualquer e a geladeira lembra as obrigações da próxima semana. A farmácia lá fora espera vender um pote de vaselina. No armário argila, cola, papéis e água esperam o momento de se unir e se transformar numa máscara de Commedia Dell'Arte. Alguns livros de Inglês esperam se transformar em uma aula de conversação. A gata aguarda o terceiro espreguiçar. Certos pais agurdam um telefonema e um certo alguém espera sua dor de cabeça passar. Enquanto isso, comprimidos presos em uma sacolinha de remédios entediam-se profundamente. O armário se conforma e a gata volta a dormir. A geladeira pode esperar até amanhã e os livros nem se importam mais. Aqueles pais assistem um filme e a toalha continua lá, meio molhada, meio seca. A farmácia continua esperando e a dor de cabeça já nem incomoda mais. O chão tá um pouco empoeirado. O aspirador de pó também está cansado. Lá fora continua chovendo. Aqui dentro continua domingo.


 
#^@^!$%$^$@#^@$ e o estrago continua ^%@$&#%^^$@Q#

Acaba de ser encontrado agonizando em estado terminal um raríssimo lápis da Vila Sésamo! Segundo relatos do dono do objeto danificado, este continha motivos de um personagem cujo nome ele desconhece. Ainda muito abalado, revelou apenas que "era um lápis raríssimo, daquele personagem verde da Vila Sésamo que mora dendo lixo. Eu nunca o usara pois esperava uma ocasião especial para aparecer com ele." O principal suspeito, no entanto, encontra-se aninhado no sofá tirando um tranqüilo cochilo. Trata-se de uma gata magricela de dois meses e meio de idade de pêlo preto e olhos amarelos. No momento o objeto encontra-se em posse das autoridades médicas, que planejam ainda hoje comparar as marcas do pobre lápis com a arcada dentária do preguiçoso felino vara-pau. Enquanto isso, a gata meliante dorme ronronando com uma calma que não lhe é peculiar, ciente de que nada lhe acontecerá, pois mesmo antes de acordar seu dono trouxa já terá lhe perdoado e vai, ainda por cima, cobri-la de beijos e abraços quando esta despertar de seu gostoso soninho de domingo à tarde.
¦: )


 
Não perca em Vida de Bailarina a jornada patética de Giulia Capuleto em seu primeiro dia do curso de Pós na USP...


sábado, março 23, 2002
 


A cultura acaba sufocando a capacidade das pessoas se entreterem por aumentar o nível de exigência. É aquela minha velha teoria: quanto mais você lê, mais informação se adquire mais complicada fica a vida. Mais difícil fica manter a fé e se deixar entreter.

Por mais que eu seja muito crítico com relação a filmes, peças, livros e tudo mais eu tenho o que acredito manter uma qualidade que a maioria das pessoas que lêem muito acabam perdendo.

Quinta-feira eu assisti Vítor ou Vitória mais uma vez e fiquei ainda mais apaixonado. Hoje tava conversando com meu irmão ,que é chique, culto, viajado, inteligente, poliglota, pianista, tudo de bom... e comentei a respeito do musical. Então ele me disse que um amigo dele viu e seu comentário foi: "Não entendi porque fizeram o musical depois daquele filme tão bom."

Lembro que o assisti com a minha avó, e foi o primeiro filme musical que eu assisti. Se você não viu o filme, veja, pois vale muito pena. Aliás este filme é uma das memórias mais remotas da minha infância. Minha vó é o máximo, ela ia me falando sobre os atores, as músicas e sobre Julie Andrews, que ela adora. Portanto tenho um carinho especial sobre o filme e, agora, musical.

Voltando, por que fizeram o musical? Porque o filme é bom já é em si uma boa razão. O filme entreteu milhares, milhões, sei lá e resolveram fazer o mesmo no teatro, ué! O que há de mal nisso.

Infelizmente não vi Victor Victoria, o musical da Broadway e West End, mas vi o da Marília Pêra duas vezes.

Não me importo que que haja um foco em cima da Marília Pêra o tempo todo, que ela receba flores no final sob os aplausos entusiastas do resto do elenco e todo o resto que torna Vítor ou Vitória uma peça de caráter comercial.

Aí recaio no motivo pela minha busca da carreira de ator e naquela velha máxima de Nietszche: "Temos a arte para que a realidade não nos destrua". Teatro, cinema, TV, livros por mais poder artístico que possam ter servem também para entreter, fazer com que o espectador se entregue e sonhe com aquela realidade ideal e no caso dos musical, sinta aquelas músicas, viaje naquele glamour, ria, esqueça do trânsito, do salário que não dá pra fazer tudo que queremos, da morte e da vida.

Este é o grande motivo pelo qual você me verá um dia num teatro perto de você. Pra fazer você rir e chorar e no dia seguinte, acordar mais feliz e num momento qualquer se lembrar de que vale a pena estar aí.

Vivas para Vítor ou Vitória, Julie Andrews, Marília Pêra.

Viva minha Vó!

Viva o sonho!




quarta-feira, março 20, 2002
 
Pra não perder o hábito...


Né brinquedo não...



 






Pô, cara, logo a Estela... o Bambam é mó imbecil meu...


terça-feira, março 19, 2002
 


QUE ÓDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDIO!



 


VOTE KLÉBER BAMBAM BOBÃO PRA DEIXAR O BIG BROTHER BRASIL!

FICA ESTELAAAAA!





segunda-feira, março 18, 2002
 

Calma, Estelinha... calma que vai dar tudo certo...


Cai fora, PALHAÇO!





 
+ essa foi demais! +

Acabo de presenciar uma cena dantesca na Tela Quente:

Rolou um clima entre o personagem de Mike Wahlberg e uma japonesinha enquanto eles recheavam um frango! Com direito a mãos se acariaciando sujas de missô enquanto tocava de fundo uma baladinha bem sacarosaiada...

e eu aqui achando que jamais veria algo pior que João Kleber ou Sérgio Mallandro na caixa preta...


 
eu cada vez menos acredito em relacionamentos superficiais, baseados apenas em boas risadas de vez em quando.

definitivamente nunca é tarde pra repensarmos nossas amizades.


 
Flores para quando tu chegares/Flores para quando tu chorares
Uma dinâmica botânica de cores/Para tu dispores pela casa
Flores Zélia Duncan


Engraçado...

Hoje eu entro na sala dos professores e dou de cara com um buquezão de flores lindo. Flores amarelas e laranja num vaso amarelo. Olhei pro arranjo, cheirei as flores e pensei: que legal, minha coordenadora ganhou flores.
Nisso a tal entra e diz que as flores são pra mim.

Ahnnnnnnnnnnnnnnnnn?

Na mesma hora pensei se tratar de um ato terrorista, já me imaginei abrindo o envelope e a escola voando pelos ares (confesso que até gostei dessa parte), pedaços de Leco pra tudo que é lado.
Abri o raio do envelope e me surpreendi: 'mmmmmmmolécio', dizia logo de cara... na hora saquei que era da Fernanda, uma grande amiga minha, a que eu conheço a mais tempo, desde os tempos de Mackenzie... só que tem aquela coisa, ela nunca me liga, e esse é o jeito dela e eu não ligo, ela é assim. Na grande maioria das vezes eu que tô procurando e tal. Tudo bem que isso mudou muito, minimizou muito, mas fiquei mó sem graça...

Deveria ter me sentido bem, me senti muito bem por alguns minutos, mas eu tenho uma porra dum sentimento que me faz ficar sem graça sempre que recebo um elogio ou um ato de amizade como esse. Não me vejo muito merecedor dessas coisas. Eu tenho muita facilidade de expressar meu carinho com quem quer que seja, mas na minha vez eu me fecho. Engraçado que quando eu liguei pra ela pra agradecer ela de cara disparou 'você gostou mesmo ou na verdade se sentiu estranho?' É foda, ela me conhece muito...

Agora que a coisa tá digerida e tal eu penso em como foi bom e me senti lisonjeado por isso. Não é todo mundo que acorda num dia chato, vai trabalhar de manhã no meio de um monte de gente chata topa com flores.

Tô feliz. Me sentindo amado. Pena que no meu íntimo eu pareço buscar e fazer questão da solidão e do sentimento de abandono.





domingo, março 17, 2002
 
Eu não sei se isso é loucura minha, de mais alguém também ou se simplesmente isso é coisa de ator mesmo. Na maioria das vezes imagino que minha vida é um filme do Woody Allen que passa num canal a cabo qualquer do céu ou de onde for. Sério, estou convencido de que minha vida é entretenimento pesado pra uma galera em algum lugar... Eu sou o ator principal, meus amigos e família são coadjuvantes e todo o resto é figuração e ponta. Bom...

Em outras ocasiões minha vida é um musical mesmo, e nessas horas eu paro pra cantar meu momento. Ria, pode rir que eu sei que você é muito capaz de fazer algo assim, se é que já não fez...

Bom, o importante é que eu peguei meu carro agora a pouco e automaticamente começou a tocar uma música na minha cabeça, pois é, e chegando em casa tive que pôr e cantar.

Toda vez que eu paro pra pensar na vida devido a alguma merda que aconteceu o diretor do meu reality show põe "The World Goes 'Round" pra ambientar. Acredite, esta é a melhor canção estilo 'calma, é assim mesmo, amanhã você dá a volta por cima!' Não acredita? Então pega o mp3 e tire suas próprias conclusões. Faz parte da trilha da New York, New York com autoria de Fred Ebb e John Kander, aqui, na voz de Liza Minnelli. Aí vai:

sometimes you're happy and sometimes you're sad
but the world goes 'round
sometimes you lose ev'ry nickel you had
but the world goes 'round
sometimes your dreams get broken in pieces
but that doen's alter a thing
take it from me there still gonna be
a summer, a winter, a fall and a spring
sometimes a friend starts treating you bad
but the world goes 'round
and sometimes your heart breaks with a deafening sound...

somebody loses and somebody wins
one day it's kicks then it's kicks in the shins


but the planet spins
and then world goes 'round
and 'round and 'round and
'round...

essa historia de filme ainda vira um conto. aguarde.



 


A montagem brasileira dirigida por Jorge Takla, em cartaz no Teatro Cultura Artística, estrelada por Marília Pêra consegue trazer uma atmosfera tupiniquim ao original inglês. As músicas e os arranjos são os mesmos, porém o espetáculo possui todo um desenho cênico bem mais leve do que o visto no filme (1982) e no musical (1995) homônimos. Marília Pêra continua Marília Pêra, transpirando talento. E que talento... ela canta, dança e interpreta como ninguém mais por aqui é impossível imaginar outra brazuca pessoa no papel título. Apesar de ficar clara a proposta do espetáculo de evidenciar a grande estrela os coadjuvantes dificultam (e muito) esta premissa. Daniel Boaventura, Léo Jaime, Renato Rabelo e principalmente Keila Bueno dão um show de carisma e interpretação.

Destaque para o motorista de Marília Pêra que ao final do espetáculo entrega-lhe flores. É, é combinado...

A temporada está no fim, mas vale muito a pena assistir. Principalmente pela performance de Keila Bueno em Paris é Sexo e Chicago.

Corre lá!

: )


 

- ...e este é meu quarto. ah, claro, se estas paredes pudessem ao menos falar...
- nós podemos falar... e acredite, nunca acontece nada de interessante por aqui.


é por essas e outras que Woody Allen é um dos meus heróis...


 
quarta-feira acordei meio chumbado e aliando uma aula vaga e um repente poético resolvi fazer um haikai.

hoje acordei
olhei pra minha gata
suspirei e fui


na quinta tava melhor e adaptei meu pseudo-haikai...

hoje acordei
olhei pra minha gata
sorri e levantei


OK, sei que um haikai em tese envolve natureza, sons, sensações, laiá laiá, aquela coisa japonesa de ser, mas eu fiz um haikai urbano. um haikai solteiro em sampa. dá uma chance vai?



 
ö«´»juuuu

my cat's first attempt to type


sábado, março 16, 2002
 
*** tarraqui pensando ***

Chefe é alguém que manda em você e ponto final.




 
Quando o assunto é "e aí, o que você vai fazer pra sair da lama?" as respostas no meu ciclo de amizades e falsidades são em grande parte "vou pra mídia"... depois vem "ahn?"... em terceiro "foda-se, quero grana!"... ainda "vou morar fora" e por último "vou abrir uma franquia de escola de Inglês"...

Dentre esse povo todo minha grande amiga alma gêmea Giulia ainda acredita na cultura... vai começar seu mestrado em História na USP. Eu acho chiquérrimo e dou o maior apoio. Vai dar tudo certo, viu Mê?

Pena que hoje em dia estudar seja perda de tempo em um mundo povoado por pessoas perdidas em seus valores.

Hoje em dia é bonito ter grana e fama. Só isso.


sexta-feira, março 15, 2002
 
o motivo do meu sumiço deve-se em partes a uma gatinha magricela de quatro patas... é isso mesmo! domingo eu adotei minha tão esperada gatinha e... putz... ela arrebentou meu coração! invadiu! entrou com tudo! só vendo... o olhar dela é foda... doce e forte... curioso... êta menina sapeca da gota!... essa menina é uma praga... minha preta magrela dos zóio amarelo... corre pra ali... corre pra lá... arranha aqui... arranha ali... puta curtição, quê isso... eu amo essa gata... às vezes ela cisma que me quer e gruda na minha mão que não tem Cristo que não faça ela largar, até que ela me morda enquanto ganha cafuné na barriga... ela é linda... linda... linda... linda... linda... linda... linda... linda... linda... linda... linda... linda... puta que pariu, como ela é linda pra caralho!... Ela mia... mia meio rouca, meio sem jeito... dorme na minha cama... me acorda todo dia às 6 pra brincar comigo... me morde... me lambe... me cheira... me fuça... fuça foi foda... a gente tem um lance de olhar que é um barato. Passamos horas só nos olhando... nos observando... nos descobrindo... pô, eu tava meio deprê e ela chegou pra me mostrar que eu não era o único que precisava de carinho... olha ela ali, foi pra cozinha! Êta lelê!... (deixa eu ver o que ela tá aprontando...)
- Já falei que pia não é lugar de gato! É lugar de comida, de louça e de lixinho!
Parece que ela entendeu... se esparramou no sofá e agora tá pensando na vida...
sossegou...
tá fechando os olhinhos devagar...
ela tem isso de ficar com os olhos semicerrados mesmo...
Parece que vai tirar um cuchilo.
- Vai nanar, é?
Nanou...
Tá aí nanando... respirando...

(enquanto ela nana deixa eu escrever baixinho. essa petequinha não faz idéia de como me fisgou. pô, ela me arrebenta com o olhar... nem sonha o quanto anda desconstruindo leco... bom, ela tá dormindo... sabe lá se ela tá pensando justamente nisso... soninho tranqüilo... dorme, meu anjinho, dorme...)

:`)


sábado, março 09, 2002
 
concordando
Camões e Caminha
caminho com corações
contando camisinhas
contornando
caminhos e caminhões
coleciono congestões
coletando
cartões e campainhas
conhecendo Carminhas
cantarolando canções


 
já que o blog está em ritmo de poesia...
peguei isso na info do ICQ de um ex aluno meu de São Vicente:

Papai Noel fdp
rejeita os miseraveis
eu quero mata-lo
akele porco captalista
presenteia os ricos
cospe nos pobres



 
A amiga de uma aluna minha muito querida (a Jane Tubarão) tem uma fixação por mim que é muito engraçada. Elas tão no colegial, na mesma classe e a tal da Fernanda Féra (a amiga) sempre nos comunicamos com prosaicos bilhetinhos. O ponto alto da coisa foi uma música que ela compôs pra mim. Uma coisa meio Lenine, meio nonsense, mas não é que eu gostei mesmo?

Aí vai:

Lécio tinha dificuldades em se comportar!
Lécio tinha dificuldades em fazer rimas!
Lécio tinha dificuldades em formar frases!
Mas não fica triste
Seus problemas acabaram
É só usar Wise Marechal
Com Wise Marechal
Você vai conseguir fazer
Tudo isso e + um pouco
Ah Esqueci!
Isso nào vai adiantar pra vc
Afinal vc é o Lécio
E Lécio tem dificuldades



 
Já decidi isso a algum tempo e cada vez esse pensamento é mais recorrente. Vou arranjar um gato. Pode ser gata também... Na verdade queria um cachorro, mas meu apê é pequeno e eu passo muito tempo fora. Gato tem mais estrutura pra ficar sozinho e cachorro é muito inclinado a deprês... Eu e o dog, os dois deprê não ia dar...
Às vezes penso se isso vai ser legal mesmo ou é mais uma sarna pra me coçar. Mais algumas né? Vai que o gato traz algumas com ele...




 
na aula de técnica vocal...

Alguém: Fumar é péssimo pra voz né?
Professora: É, mas tudo depende da quantidade e da marca do seu cigarro.
Eu: Qual cigarro você recomenda?


 
O que você faria se notasse que está engordando um ano depois de fazer uma lipoaspiração?




quarta-feira, março 06, 2002
 
Inventei de preparar uma aula de conversação abordando Mitologia Grega e um pouco de figuras lendárias do Brasil. Na salada vai entrar de Disney's Hercules a Woody Allen. Pois é, só que agora tô todo enrolado... ai...

Zeus me ajude!



 
Tchau Helena, vou sentir sua falta.


terça-feira, março 05, 2002
 
. : Desconstruindo Chico : .

Construção
Chico Buarque/1971

Amou daquela vez como se fosse
a última
Beijou sua mulher como se fosse
a última
E cada filho seu como se fosse
o único
E atravessou a rua com seu passo
tímido
Subiu a construção como se fosse
máquina
Ergueu no patamar quatro paredes
sólidas
Tijolo com tijolo num desenho
mágico
Seus olhos embotados de cimento e
lágrima
Sentou pra descansar como se fosse
sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse
um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse
um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse
música
E tropeçou no céu como se fosse
um bêbado
E flutuou no ar como se fosse
um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote
flácido
Agonizou no meio do passeio
público
Morreu na contramão atrapalhando
o tráfego

Amou daquela vez como se fosse
o último
Beijou sua mulher como se fosse
a única
E cada filho como se fosse
o pródigo
E atravessou a rua com seu passo
bêbado
Subiu a construção como se fosse
sólido
Ergueu no patamar quatro paredes
mágicas
Tijolo com tijolo num desenho
lógico
Seus olhos embotados de cimento e
tráfego
Sentou pra descansar como se fosse
um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse
o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse
máquina
Dançou e gargalhou como se fosse
o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse
música
E flutuou no ar como se fosse
sábado
E se acabou no chão feito um pacote
tímido
Agonizou no meio do passeio
náufrago
Morreu na contramão atrapalhando
o público

Amou daquela vez como se fosse
máquina
Beijou sua mulher como se fosse
lógico
Ergueu no patamar quatro paredes
flácidas
Sentou pra descansar como se fosse
um pássaro
E flutuou no ar como se fosse
um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote
bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando
o sábado



domingo, março 03, 2002
 
Cinco da manhã e eu em frente ao computador esperando o download do tema do BBB performed by RPM.

Eu realmente não tenho mais absolutamente nada pra fazer.

Chega! Com essa ultrapassei a última fronteira da sanidade humana!

Vou postar esta nota, contar até três e desligar isso imediatamente.


 
Hoje vou assistir Vítor ou Vitória no Cultura Artística e preciso confessar que preciso ficar em dia com o mundo do entretenimento. Tem uma porrada de filmes que eu quero assistir e não tá vencendo! O francês "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é um deles. Ainda quero ver "Onze Homens e um Segredo" e não posso esperar pra ver o novo do Robert Altman, depois de Woody Allen meu diretor preferido.

Altman é um dos maiores roteiristas do cinema. Ninguém traça um mosaico humano como ele. Isso pode ser muito bem visto em Short Cuts, O Jogador e Prêt-à-Porter. Apesar das críticas em cima desse último é de se admirar o modo como os 4328950341247590175012345 personagens interagem nos bastidores do mundo da moda. Tem crítica sobre tudo. Pra você entender melhor o que eu quero dizer, filmes mais recentes como Boogie Nights e Magnolia (de um diretor novo que eu nunca lembro o nome) se encaixam nesse estilo.

Aluga algum desses aí qualquer dia.


 
A blog's a kind of...


Antesdonte minha x-terapeuta me telefona dizendo que andou relendo suas anotações a meu respeito e somando com algumas coisas lidas no meu blog me chamou pra bater um papo...

(que será que ela quer?)

Meu Deus, tô me expondo!

: )


sábado, março 02, 2002
 
"Procura sarna pra se coçar depois chora na cama que é lugar quente!"

Mais uma da Dona Jura...




 
Não podia dar outra...
Viva Britney Spears, hahahahaha!



 
Kléber, líder do Big Brother Brasil...

O que mais falta acontecer?



 
Bom, dentre as opções essa era a melhor. Pô, tem tanta gente, mas enfim...




Que vocalista de banda brasileira de rock você é?