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sexta-feira, novembro 29, 2002
"Tribalistas" propõem volta à solidariedade Pedro Alexandre Sanches da Folha de S.Paulo Três cabeças pensam melhor do que uma? Definitivamente sim, no que depender de "Tribalistas". Arnaldo Antunes vê diluídos os traços de conceitualismo banal que o atrapalham e oferece densidade poética que nem Carlinhos Brown nem Marisa Monte jamais possuíram. Brown livra-se do embaraço que tem em transmitir seus pontos de vista e presenteia alegria e liberdade que os outros nem sonhavam cobiçar.
E Marisa alegoriza a síntese entre a racionalidade de Arnaldo e a espontaneidade de Brown. Ela é dona inequívoca do projeto, sinalizando o advento de uma música matriarcal no Brasil. E conduz a improvável aliança São Paulo-Bahia-Rio, na proposição de uma nova solidariedade. A relação com a indústria se escande, e a EMI já tratou de levar ao topo das paradas "Já Sei Namorar", pop desavergonhado (sem a apelação de "Amor I Love You") que ousa dizer o seguinte à massa: "Não tenho paciência para televisão/ eu não sou audiência para a solidão". É canção pró-amor livre, contra a claustrofobia do amor idealizado. É anti-Roberto Carlos, como é também a antiplatônica "Carnalismo". Justaposições acontecem na linda "Carnavália", que abre o CD tentando reconciliar samba e tropicalismo, e na perseguição ao espírito hippie dos Novos Baianos. Se há proposta de revolução, ela é essencialmente conservadora, porque toda apegada a dogmas dos 60 e 70. É sincero, a cara dos três. E o futuro ainda não chegou.
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