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quinta-feira, dezembro 25, 2003
 
Crítica da Crítica

Publico trechos de uma crítica a respeito do filme As Horas que jaz na rede.
Não divulgo o nome do ator nem o site em questão por dois motivos simples. Primeiro, porque eu já não lembro da fonte, segundo porque não vale a pena.
As partes em itálico são comentários meus.

"O que EU achei de "As Horas"? Achei o roteiro um primor, a direção sensível, as atuações espetaculares, mas foi justamente o excesso de espetacularidade técnica que me desligou do filme.

ser tecnicamente impecável é uma qualidade, a não seu que faça parte da estética do filme, o que não é o caso aqui.

Ou é isso ou é o fato de ter testículos que me impediu de me emocionar com o filme.

o fato de possuir testículos dá a alguns animais a qualidade de pertencer ao sexo masculino.

Finalmente, o resto do meu povo sai do cinema, me perguntando o que eu achei do filme. Digo que achei bom, mas só.

quer dizer que um roteiro primoroso, direção sensível e atuações espetaculares tornam um filme 'bom, mas só'. tá certo...

Aí tem o marido de uma amiga. Ele chorou. Eu tinha prestado atenção no filme, não comecei a pensar na minha própria vida no meio do filme (isso acontece tanto...), então resolvi ficar calado e escutar a conversa, quem sabe eu teria a dica do que eu perdi. Foi quando eu descobri porque tem quem se emociona e tem eu: experiência pessoal, os medos, os traumas...

uma pessoa sem medos, traumas e experiência pessoal. bravo.

eu não chorei, porque há muito tempo eu sigo à risca uma frase emitida pelo próprio Homer Simpson: se você tem um problema, você deve engolí-lo e guardá-lo lá no fundo para que nunca mais nos atrapalhe.

sepultar os problemas e questionamentos catapulta o ser humano para a categoria de animal irracional. ah, tinha esquecido... tudo parte de uma citação de Homer Simpson, um dos maiores ícones da imbecilidade humana, o retrato genial e fiel do americano médio. não tenho absolutamente nada contra Os Simpsons, muito menos contra este ou aquele personagem, por reconhecer que estes tratam de arquétipos da sociedade americana, na forma de caricaturas.

E eu também nunca li "Sra. Dalloway". Livro de mulher.

eu também não li. e graças à minha bagagem cultural sou capaz de entender qual é a sua premissa.

É lamentável que uma pessoa com a mente obtusa e um discurso confuso e mal-fundamentado tenha espaço na rede para tecer críticas cinematográficas.

Muito cuidado com o que você lê por aí.